A única moeda em circulação nesta feira é a “capivara”, uma moeda social cujo valor se modifica de acordo com os comerciantes. “Todos que participam pela primeira vez recebem 20 capivaras. Há quem consiga adquirir muitas coisas e há outros outros que não conseguem”, explica a acadêmica paraguaia Natalia Acosta, de Ciências Econômicas, uma das bolsistas do programa institucional.
Similar ao que acontece nas sociedades capitalistas, há um banco comunitário (este, sem objetivo de lucro), que entrega o aporte financeiro aos participantes e, depois das trocas realizadas, que guarda as capivaras e controla os recursos. “Aqueles que já não contam com recursos e aqueles que estão pela primeira vez no projeto recebem 20 capivaras. Coibimos a super acumulação, ou seja, há limite para o número de capivaras que cada um pode ter. Afinal, a ideia é de que se estimulem as trocas”, coloca o acadêmico do mesmo curso, Rogério Corrêa, que é brasileiro e também bolsista. “Nossa proposta é desmistificar e desconstruir a ideia de que a moeda precisa estar presente em todas as relações”, avisa Rogério.
A ideia do projeto é transformar a feira em mensal e abrir, pouco a pouco, à comunidade externa. “Estamos trabalhando inicialmente com a comunidade acadêmica, mas queremos abrir e propor a Feira de Trocas para toda a cidade e região. Acreditamos que seja uma interessante alternativa à economia tradicional”, finaliza Lisete Barbosa, acadêmica do mesmo curso e voluntária.
As fotos foram cedidas pelo INEES





